sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

A OPOSIÇÃO ESTÁ MADURA PARA VENCER AS ELEIÇÕES EM SOBRAL?



A principal discussão política em Sobral tem como pano de fundo a união, ou desunião, das oposições para enfrentar o grupo político que comanda a política da cidade nos últimos 20 anos.

A maioria considera que as chances de a oposição vencerem as eleições de outubro aumentam muito se for lançada uma candidatura única.

Dividida, acreditam, as oposições só ajudariam a vitória da situação.

Duas questões, porém, se apresentam, sendo uma de difícil solução.

Em caso de união dos líderes oposicionistas, quem sairia como cabeça de chapa?

Dr. Guimarães, que recebeu uma expressiva votação nas últimos eleições?

Moses Rodrigues, eleito deputado federal com o apoio de 32,2% dos votos dos eleitores sobralenses?

Ou Oscar Rodrigues, que, ainda, não disputou um pleito eleitoral, mas conta com o prestígio da sua atividade empresarial no setor educacional?

Essa decisão, caso as oposições vierem a se unir em uma candidatura única, ficará a cargo das lideranças políticas oposicionistas.

A outra discussão, de maior complexidade, é a que nos interessa no momento, qual seja, se as oposições devem, necessariamente, se unir para enfrentar a situação com chances reais de vitória.

Essa questão torna-se relevante porque o que se apregoa na cidade é que as oposições contam com uma votação cativa, oriunda dos tempos do prefeito Zé Prado, cujos eleitores jamais votariam em candidato indicado pelo grupo Ferreira Gomes, daí os resultados obtidos pelos candidatos da oposição nas últimas eleições realizadas.

Será verdade ou mito essa assertiva?

Ao se analisar os 5 últimos pleitos municipais em Sobral, são encontrados os seguintes resultados obtidos pela oposição:

Em 1996, os dois candidatos da oposição obtiveram 35,95% dos votos válidos, sendo que Marco Prado, candidato a herdeiro político do prefeito Zé Prado, obteve 10,3% da votação.

Em 2000, o candidato da opção obteve 31,7% dos votos válidos (Esse foi o único ano em que somente um candidato da oposição (Marco Prado)  disputou a eleição.

Em 2004, os candidatos da oposição obtiveram 44,3% dos votos válidos (Oportuno lembrar que, nas eleições desse ano, o candidato do PSDB, Marco Prado, contou com importante apoio do então reitor da UVA, Professor Teodoro, que recém havia ingressado no partido. Esse apoio contribuiu para que ele alcançasse 33,9%, sua maior votação na história das eleições em Sobral).

Em 2008, ano da barbada eleitoral, os candidatos da oposição somaram 26,5% dos votos válidos (Registre-se que esse foi o único ano que Marco Prado não disputou o pleito majoritário).

Em 2012, ano do melhor desempenho das oposições, os candidatos, juntos, obtiveram 49,5% dos votos válidos (Nesse ano, o candidato do PV, Dr. Guimarães, até então um neófito na política sobralense, alcançou a expressiva votação de 42,7%, a maior votação já obtida por um candidato de oposição a partir de 1996).

O que faltou para que a oposição saísse vitoriosa nas eleições de 2012?

Simples! Que um dos candidatos tivesse obtido um resultado, pelo menos, 0,6 pontos percentuais maior, desde que os votos acrescidos tivessem sido retirados do candidato da situação.

Resumo da ópera, unida ou desunida, a oposição em Sobral, somente no pleito de 2012 representou uma ameaça real para o grupo situacionista, o que se leva à conclusão que, para a oposição vencer o próximo pleito, ela terá, primeiro, que desqualificar o candidato da situação, de maneira que, obviamente, esse candidato tenha uma votação inferior à de um dos candidatos da oposição pelo menos (Como por pouco não aconteceu em 2012).

Nesse caso, qual seria o candidato da oposição eleito?

Aí é com a campanha de cada um.

FONTE - BLOG DO NOBRE

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